Na semana em que o Brasil se aproximava de 4 mil mortes por dia por conta da pandemia, ainda sem perspectiva de vacinação satisfatória, tive uma última entrevista para tentar uma promoção, outra frustração, ao mesmo tempo uma briga com o meu já ex-gestor e comecei a chorar pelas 17h e não parei mais. Um choro de desespero. E quando a gente não sabe exatamente pelo que está chorando o desespero aumenta.

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O Psiquiatra, então, me afastou do trabalho por 30 dias e “me obriguei” a olhar para este problema. Dessa vez eu realmente parei tudo, absolutamente tudo que dizia respeito ao trabalho.

Foram 30 dias de dúvidas e medos... medo de não sair do Burnout e de me tornar uma funcionária medíocre ou, no mínimo, renegada por "não dar conta da pressão".

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Com a pausa comecei a entender que ser workaholic nada tinha a ver com ser uma profissional de qualidade, comprometida e de resultado. Percebi, na verdade, que a partir de certa carga horária cumprida o trabalho já não tinha a mesma qualidade que no início do dia, e que era um tempo valiosíssimo desperdiçado.

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Voltei a levar a terapia a sério, e foi a primeira vez que eu realmente fiquei com o pensamento voltado para mim, para a minha cura, e não me preocupei se estava tudo funcionando no trabalho enquanto eu não estava lá.

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​Foram 30 dias de descanso, muita série, novos hábitos, corrida na rua, muita música e leituras.

Me aprofundei em estudos da CNV – Comunicação Não Violenta.

Fiz 5 cursos de temáticas específicas sobre o assunto e li 3 livros do autor da abordagem, o psicólogo Marshall Rosenberg.

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E toda essa bagagem me levou a uma vida mais produtiva e menos exaustiva.

Em julho de 2024, como uma virada de chave, eu pedi demissão da minha carreira de quase 15 anos na CAIXA, assumindo esse risco enorme que é empreender.

Eu fiz isso porque eu acredito demais no que eu criei aqui, e no potencial que o Produtividade Sem Burnout tem pra mudar a vida de muitas pessoas e crescer empresas de forma sustentável e responsável.